Dando um tempo

Gente, vou dar um tempo desse blog. Já há meses acho que ele perdeu a minha cara, ou eu mudei, sei lá; simplesmente não tenho me identificado com ele.

Pode ser que ainda surja alguma postagem por aqui, de humor ou imagens fantásticas.

Qdo vencer o domínio, não sei se vou renovar, então quem quiser acessar vai ter que usar o endereço do blogger, anotem aí: http://lucia-inthesky.blogspot.com

Continuo Lucia in the sky, mas agora em outra plataforma, ainda meio sem forma, mas devagar vou ajeitando: http://lucinha.tumblr.com/

Também vou continuar com minhas participações no Bem Casadas e no Cristão da Universal.

Mantenha-se informado me seguindo no twitter .


Bjins :-*

06 março 2009

Por que as pessoas têm tanta dificuldade em descobrirem seu propósito de vida?


Há mais de um motivo. O primeiro é a questão do ego. Somos egoístas por natureza, desejamos conforto e evitamos tudo o que cause desconforto, tanto físico como emocional. Tendemos a fantasiar sobre nosso propósito, desejando ter uma missão interessante, "legal", cinematográfica.

Quando a própria vida começa a nos apresentar traços de um propósito cheio de desafios indesejáveis, capaz de causar imenso desconforto e capaz de nos tirar de nossa zona de conforto, principalmente do ponto de vista emocional, nós fingimos que não o vemos, bloqueamos os sinais da vida e continuamos a buscar o propósito fantasioso que "gostaríamos" de ter.

Enquanto não o identificamos, continuamos com nossas rotinas ordinárias, não gostamos do que fazemos, mas nos enganamos com a desculpa de que "estamos procurando nosso propósito". Fazemos isto constantemente, nunca encontramos ou aceitamos o que vemos, mas nos contentamos com a desculpa esfarrapada que contamos a nós mesmos.

Outro motivo é a noção errônea que se tem socialmente de que problemas, obstáculos, são sinais de que algo está errado e estes precisam ser evitados ou superados o mais rápido possível para que se retome a condição de conforto anterior.

Uma grande armadilha em nossa sociedade atual é o conceito de que se estamos "nos sentindo bem", então está tudo certo, estamos felizes e não há nada a ser feito. Precisamos buscar ajuda ou buscar mudar algo somente quando não estamos nos sentindo bem. Conforto é associado com ausência de problemas e felicidade. Se sua vida é confortável e você tem tudo o que precisa e deseja, por que você não seria feliz? Reclamar nestas condições é como reclamar de barriga cheia, não?

Este conceito parte do pressuposto de que o objetivo na vida é se dar bem, pessoal, profissional e financeiramente. Quando tudo está bem, se tem saúde e não se tem problemas, é incompreensível a noção de que o indivíduo nessas condições tenha algo a reclamar. A realidade, entretanto é que mesmo indivíduos com uma "vida perfeita" sentem o vazio e a incompletude de se viver uma vida sem propósito.

Mas se eu não estou me sentindo bem, isso não seria um sinal de que há algo de errado com a minha vida?

Nem sempre. As pessoas não se sentem satisfeitas por diversos motivos. Em alguns casos, a insatisfação é um sinal de que não se está no caminho certo, em outros casos, é o contrário! Muitas pessoas são tão dominadas pelo próprio ego que elas não se sentem bem justamente quando estão começando a se mover na direção certa.

Este "não se sentir bem" está geralmente relacionado às dificuldades que ela se nega a enfrentar e que são cruciais para a execução de seu propósito. Esta sensação é derivada tanto da auto-proteção do ego que não quer saber de qualquer tipo de desafio ou dor física ou emocional e também da idéia equivocada de que precisamos estar nos sentindo bem o tempo todo, do contrário, deve haver algo de errado conosco.

Um exemplo bem claro é a dificuldade inicial que a maioria das pessoas que falam em público experimenta. É raro alguém já nascer bem articulado e eloqüente. A habilidade de se comunicar bem em público é algo que se desenvolve aos poucos e exige muito esforço, despojamento e coragem para enfrentar o período inicial que causa tremenda dor emocional ligada ao medo e a insegurança.

Falar em público é considerado o medo número um da maioria das pessoas e geralmente ocupa um lugar acima do próprio medo da morte. Muitas pessoas têm um pavor tão grande de se exporem dessa forma que elas jamais sequer tentam ou se colocam numa posição em que falar em público seria um desafio a ser enfrentado.

O problema todo está na evitação da dor emocional causada pelo desafio, mesmo que a pessoa tenha noção de que a dor é apenas temporária, um "mal necessário" para se atingir o fim desejado. Mesmo almejando um certo objetivo, se o caminho até ele envolver qualquer tipo de desconforto, a maioria das pessoas simplesmente opta por não seguir em frente.

Agora, digamos que o propósito de vida da pessoa envolva um desafio que cause um tipo de dor similar ao medo de falar em público. A pessoa associa os sentimentos negativos com algo que deve estar errado e começam então um intrincado mecanismo para criar desculpas para si mesmas justificando que o desafio deve ser mesmo evitado e que ele não faz parte do propósito.

O fato é que crescer é difícil e exige de nós coragem e disponibilidade para sairmos de nossa zona de conforto e fazermos coisas que são dolorosas, desconfortáveis e difíceis, enfrentando muitas vezes o desconhecido. Se nos mantemos no paradigma da felicidade acreditando que precisamos "nos sentir bem", nós deixamos passar as oportunidades que nos dariam chance de viver com verdadeiro significado e ficamos escondidos dentro de nossas realidades confortáveis e conhecidas.

Fran Christy (escritora e consultora em estratégia e desenvolvimento pessoal)


Eu concordo com o texto e acho que quando superamos nossos medos e enfrentamos desafios crescemos de uma forma única que nunca seria possível se permanecêssemos na 'zona de conforto'. E você, como encara os desafios?

10 Comentários:

Chris disse...

Esse assunto e bem interessante, na epoca da faculdade eu era sempre colocada a prova e como conseguia passar por todos os "obstaculos", eu tinha esse negocio mesmo de ver um futuro brilhante pela frente. hahahah
Enquanto minhas amigas pegaram pacientes"apenas" surdos, eu peguei um surdo e cego. Da para imaginar?
De sorteios de casos clinicos, quem e a sorteada? eU! E no proximo periodo, quem e a sorteada de novo para outro caso clinico? Eu! Depois dessa, acabei que fui oradora da turma!
Fiz muitos estagios, projetos, dormia 4 horas por dia e eu pensava que eu teria emprego depois. Mas nao, pessoas que tiravam nota baixa e matavam aula, ficaram empregados antes de mim. Mas nao reclamo nao. Pq depois passei no concurso da minha cidade natal e desisti, para vir para ca ficar com o amor da minha vida!=]
Eu me imaginava com um vazio, trabalhando, mas sem a pessoa que amo. Fiz minha escolha e agora tenho planos, mas nenhum sobe a cabeca sabe? Quero um emprego que eu faca-o bem, que me sinta bem e tbm ganhe bem!E seja o que Deus quiser!
Mas realmente a zona de conforto nao favorece quem quer crescer. Quando se quer mesmo algo e preciso ter fe, acreditar e fazer por onde! Ficar parado nao ajuda em nada!!
=]

bju bju

(falei demais + uma vez!)

Eneida Freire disse...

Muito interessante o texto!
Não permaneço na "zona de conforto" empurrando as coisas "com a barriga".
Não me conformo quando as coisas estão ruins.
Quero sempre melhorar.
Assim encaro os desafios.
São coisas para serem superadas. Gosto de enfrentar os problemas.
Isso que fala no texto de "não estou me sentindo bem, então há algo errado na minha vida", de querer alcançar a "vida perfeita", é o problema do ego bem visível.
Problemas sempre vão haver.
Temos que sair bem deles e continuar a vida.
Acontece que muita gente em volta de nós não pensa assim, e aí parece realmente que o caminho está errado.
É exatamente isso que está acontecendo nesse meu momento de vida.
O texto veio bem a calhar.
Beijo!

Anônimo disse...

Lúcia

Eu encaro os desafios com medo, mas o medo não me paralisa. Quem não tem medo? Então eu sigo assim, mas sigo.

Não foi apenas uma vez na vida em que me vi diante de uma grande decisão a ser tomada e que implicaria em mudanças drásticas na vida, e o que veio a minha mente foi: caramba! E agora?

Decidi. E toda decisão gera consequências, nem sempre o que se vem é doce, e toda mudança tira a gente dessa zona de conforto. Mas mesmo sabendo disso tudo (ou não, porque muitas vezes a gente não calcula exatamente o tamanho dos problemas) eu decidi e assumi as consequências da decisão. Mas há que se ter cabeça boa, equilibrada, e ser centrado para realmente assumir o seu propósito de vida sem se preocupar com o papel glamouroso que esperam que gente cumpra. É isso.

:)

Bonita! Tem um desafio (que achei bem divertido) para você lá no blog. Passa lá depois?

Beijos...

Babi Mello disse...

Não vou mentir, medo faz parte de toda e qualquer trajetória. Tenho os meus mas de verdade se quero conquistar as coisas e no final ser feliz, preciso superar-los. E concordo com vc, eu preciso encarar os meus desafios com mais intensidade e sem medo, afinal é necessário.

Isabela Kastrup disse...

Eua cho eles sempre bem vindos e um impulso para crescermos e aprendermos cada vez mais.
Beijos querida

Anônimo disse...

Lúcia
Que bom que gostou do desafio.
Vou aguardar sua participação então.
:)

Beijos

Seeker disse...

Minha querida, adorei que tivesse postado este texto.
Diz muito e é "food for thought".
Obrigado por esta partilha.

Tenha um bom fim de semana

xoxo

SGi/Sonia disse...

Sabe o que acontece as vezes?
É que é muito mais fácil acreditar realmente que tudo está perdido(amor, dinheiro, felicidade, etc)do que pensar em correr atrás do prejuízo. Já passei por situação assim, então sei do que estou falando heheheh Mas é tão bom quando resolvemos mudar tudo, deixar emprego chato e lucrativo e tentar algo novo mesmo não ganhando muito... Namoro ruim por um namoro bom, trocar tudo...

Xô zona de conforto!

Beijins:*

Babi Mello disse...

Lúcia tem selinho para você no meu blog.
Bj

Angela Natel disse...

Eu acho que, em geral, desafios foram feitos para crescermos em alguma área de nossa vida. Precisamos aprender com o sofrimento, aprender com as dificuldades e tomar atitudes, mesmo que seja um passo de cada vez, uma atitude por dia.
Aqui não importa a velocidade da mudança, mas que ela ocorra.

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