AS TOXINAS DA CASA 'Bom dia, como tá a alegria?', diz Dona Francisca, minha faxineira que acaba de chegar. 'Antes de dar uma ungida na casa, deixa eu te dar um abraço que preste!', e ela me apertou. Na matemática de Dona Francisca, quatro abraços por dia dão pra sobreviver, oito ajudam a nos manter vivos, doze fazem a vida prosperar. Falando nisso, vida nenhuma prospera se estiver pesada e intoxicada. Já ouviu falar em toxinas da casa? Pois são os objetos e roupas que você não gosta ou não usa, coisas feias ou quebradas, velhas cartas, plantas mortas ou doentes, recibos, jornais e revistas antigas, remédios vencidos, meias e sapatos estragados... Ufa, que peso! O que está fora está dentro e isso afeta a saúde, aprendi com Dona Francisca. 'Saúde é que interessa. O resto não tem pressa!', ela diz enquanto me ajuda a 'destralhar', ou liberar as tralhas da casa. O 'destralhamento' é uma das formas mais rápidas de transformar a vida e pode muito bem ajudar outras terapias. A saúde melhora, a criatividade cresce e os relacionamentos se aprimoram, e também ensina. É comum se sentir cansado, deprimido e desanimado em um ambiente cheio de entulho, pois existem fios invisíveis nos ligando àquilo que possuímos. Outros possíveis efeitos do acúmulo e da bagunça: sentir-se desorganizado, fracassado e limitado, aumento de peso, apego ao passado... No porão e no sótão, as tralhas viram sobrecargas. Na entrada, restringem o fluxo da vida. Empilhadas no chão, nos puxam 'para baixo'. Acima, são 'dores de cabeça'. Sob a cama, poluem o sono. Então... 'Oito horas para trabalhar, oito para descansar, oito para se cuidar!', diz a comadre. 'E nada de limpar só por onde o padre passa... ' 'DESTRALHE-SE' Perguntinhas úteis na hora de liberar os armários: por que estou guardando isso? Será que tem a ver comigo hoje? O que vou sentir ao liberar? E vá fazendo pilhas separadas de doar, vender e jogar fora. Depois de destralhar, jogue sal grosso nos ralos para não entupir. Ponha um prato com carvão nos quartos (tira os cheiros de mofo e ruins). Passou de bom! Para destralhar mais, livre-se de barulhos e luzes fortes, cores berrantes, odores químicos, revestimentos sintéticos, libere mágoas, pare de fumar, diminua o uso de carne, termine projetos inacabados. 'Se deixas sair o que está em ti, o que deixas sair te libertará. Se não deixas sair o que está em ti, o que não deixas sair te destruirá' . Acumular nos dá a sensação de permanência, apesar de a vida ser impermanente, diz a sabedoria de dona Francisca. As pessoas resistem a essa idéia e, assim perde o contato com o sagrado instante presente. Dona Francisca me conta que as frutas nascem azedas e, no pé, vão ficando docinhas com o tempo. 'A gente deveria ser assim' ela diz. 'Destralhar ajuda a adocicar'. 'Merecemos ter para ser' . Se os sábios concordam, não sou eu que vou discordar... Eu acho que deu pra perceber que acumular não faz bem a ninguém! E dentro da gente, principalmente, nada de mágoas, de ressentimentos, de raivas, nada de comida guardadas nos intestinos, nada de gorduras sobrando, nada de excessos de stress, de trabalho, colesterol, açúcar... O que eu posso fazer? Você me perguntará. Eu respondo, goste mais de você mesmo! Para isso é necessário fazer esforço sim! É preciso, muitas vezes, lutar com manias, com vícios, com costumes de família, com a preguiça, com a forma como a nossa cabeça pensa. É difícil modificar costumes solidificados por toda nossa vida, mas o mundo, as doenças, as necessidades funcionais estão demonstrando-nos que é necessário sim, uma renovação constante na nossa forma de viver e ver o mundo e, se antes nossos pais nos ensinavam a acumular, guardar e manter-nos seguros, o mundo e as relações humanas nos mostram que atualmente é necessário DESAPEGO para que possamos viver tranqüilos e livres. Quanto mais queremos segurar nossos ganhos materiais e emocionais, mais difícil fica assegurar 'a barra', pois o mundo muda as regras do jogo a cada minuto e se a gente não tem jogo de cintura, fica a ver o mundo passando e a gente ficando pra atrás e se, a gente tenta acompanhar com o corpo duro, a gente fica assim, estressado, doente, cheio de recalques, magoado, cansado, gordo, bebendo pra relaxar, etc. Por isso vale a pena mudar o nosso íntimo e nossos hábitos errados e de quando em quando fazer essas limpezas internas e externas. Olha, como venho dizendo a muito tempo, as mudanças são lentas e se fazem bem devagarzinho, com paciência, MAS COM MUITA DISCIPLINA senão torna-se uma tortura ao contrário. Com amor, aprendendo a amar a nós mesmos num primeiro momento e sempre pensando no próximo como se fosse a nós mesmos. Conte com o auxílio do Nosso Mestre, veja nele um irmão, um pai, um filho, um amigo. "Viva de maneira que a sua presença não seja notada ... mas que sua ausência seja sentida" |
5 Comentários:
Lúcia, as vezes eu leio umas coisas e fico pensando que eu também penso da mesma forma, que eu também vivo da mesma forma e fico me "achando" o máximo, porque quando falo para alguém de perto pra jogar(o que está quebrado) ou dar o que não usa, para que possa entrar algo novo, as pessoas me olham meio torto, meio descrente da minha matemática.
Antes de surgir o Segredo eu já vivia daquela forma, sempre fazendo listas, colando fotos e visualizando o que estou querendo, e sempre de uma forma ou outra as coisas chegam na minha vida, claro que no meio tem muito trabalho, mas parece que o rio segue o curso normal...
Adorei o texto:)
Bom domingão para você.
Amanhã eu vou no MON(é "di grátis"!)
Adorei o texto, tão verdadeiro!!!
Obrigado pela partilha.
Um bom fds para você querida.
xoxo
Nossa, perfeito!
Adoro desintoxicar a casa e faço isso sempre que posso!
Divido minhas ferias, e em uma delas fico fazendo isso.
Todo mundo acha engraçado e me critica por eu tirar ferias pra arrumar armarios, mas acontece que me sinto muito bem fazendo isso.
Digo que a energia tem que circular.
Amei o texto!
Beijo!
Oi Lucia, concordo bem com esse texto. Simples e verdadeiro!
Um super beijo para você e uma semana repleta de boas energias!
Bj Bj Bj
Lú, comemorando muito o campeonato?
Beijins:*
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