Aglomerado globular NGC 6397: 42 estrelas de diamante a 6.000 graus Kelvin
Até recentemente não se sabia o que acontece com uma estrela quando ela 'morre'. Contudo, as últimas descobertas confirmaram uma suspeita ainda não comprovada: elas se cristalizam em givantescos diamantes que ficam flutuando perdidos no espaço.
Por trás dessa descoberta cintilante na constelação de Centaurus está um astrônomo brasileiro, Antônio Kanaan. O professor Kanaan dirige o Grupo de Astrofísica da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e foi quem descobriu, em 1991, que a estrela BPM 37093, que flutua a 50
anos-luz da Terra, era pulsante. "Depois, a gente se deu conta de que ela, além de ser pulsante, podia ser uma estrela cristalizada em diamante".
Só não é correto imaginar que as anãs brancas sejam um diamante exatamente igual aos que conhecemos,pois seu cristal de carbono é muito mais compacto: a distância média entre os átomos que compõem um diamante encontrado na Terra é de 3,08 angstrons. O diamante da anã branca é superdenso e apenas 0,01 angstrom separa as partículas elementares que o compõem. Um angstrom é 1 décimo de bilionésimo do metro.
Contudo, não é possível aproveitar tais jóias, pois os núcleos das estrelas anãs-brancas (como são classificados os corpos celestes como o que foi descoberto) apesar de não terem mais combustível nuclear, permanecem em temperaturas altíssimas. Graças a isso, e por causa das condições de pressão a que estão submetidos, os núcleos se mantêm coesos e formam os diamantes. "Se fossem retirados lá de dentro, desmanchariam." Mas será que não existem estrelas ainda mais antigas cujos núcleos já esfriaram e poderiam ser explorados? "Aí tem um outro problema: a idade do universo. Acredita-se que, para uma estrela resfriar totalmente, sejam necessários cerca de 120 bilhões de anos. E o universo não é tão antigo." A notícia pode ser um balde de água fria para quem alimentava esperanças de uma "corrida do diamante espacial".
Comentário: Esse é mais um exemplo da reconhecida contribuição da astrofísica e astronomia brasileira para um maior conhecimento humano do universo. Também é mais um exemplo de que hoje em dia com a globalização, com a internet e com a devida condição propiciada a um pesquisador no país, não é necessário para o mesmo migrar para outros centros visando obter resultados significativos em sua carreira. Parabéns a dupla de astrofísicos pela sua descoberta e espero que parcerias como essa continuem sendo realizadas em prol da Astrofísica Brasileira e mundial.
Tentei resumir o que li
aqui e
aqui, espero não ter escrito nenhuma besteira...

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